30 abril 2006

N.º 50

Post n.º 50

No quinquagésimo não me apetece escrever muita coisa.

Até prá semana.

28 abril 2006

Ao que isto chegou


O que chegou ao fim, para já, foram metade do período de férias. Ainda se mete o fim-de-semana pelo meio (ainda por cima de 3 dias), mas lá vamos novamente para a luta.


Foram 17 dias passados no Cansado, a trabalhar alguma coisa, algum descanso físico e moral, mas ficou algo por fazer, que seria, talvez, o mais importante, que era a resolução da concessão da sepultura dos meus avós e que, possivelmente por inépcia dos serviços camarários, não ficou claro que ela já tivesse sido feita pelo meu bisavô, António Manuel Roças, que fez a compra no dis
tante ano de 1923. Segundo os serviços, temos que achar todos os herdeiros vivos do meu bisavô para que assinem uma declaração prescindindo dos direitos à sepultura para que ela possa ficar em nome da minha mãe. Burocracias!!

No meio disto tudo, consegui saber o nome dos pais da minha avó Maria Trindade (mais conhecida por avó Dade), que são: Francisco Pascoal de Mira e Trindade Alexandrina. Tenho já uma árvore genealógica muito completa, mas vou prosseguir as investigações.



25 abril 2006

Cortiças e Lda.

Aqui nesta foto, podemos apreciar a tecnica deste descorticeiro a descascar a cortiça de um ramo de sobreiro.

08 abril 2006

Vamos lá embora

Como é que te sentes hoje, ao ver que já lá vão 37 horas e 42 minutos sem que alguém se cruze no teu caminho, só para te fazer sentir que não andas sozinho na dança da vida. Eu gostava mais da valsa, mas acho que só tenho jeito para o fandango.
Não tentem fazer contas às horas, que o tempo é coisa que não conta na poeira do horizonte. Uma caminhada ao barroco do Bufo, logo a seguir ao Freixo, onde o eco faz vibrar as folhas ressequidas, dá-nos aquela saudável dor na barriga das pernas e fluir o sangue na aorta.

Vi um ninho de mafagafe
Com sete mafagafinhos
Quando pia a mafagafe
Piam os sete mafagafinhos

Vê lá tu se consegues
Com teu sorriso de ânsia
E vê lá não escorregues
Na casca da melância

Corre o rio pela planície, à procura de companhia, que nem as curvas nem os aterros conseguem demovê-lo de se juntar à ribeira para viverem juntos até à foz.

Amanda lá isso pramim

06 abril 2006

Balas e bólides











Num belo dia de Primavera ia o Sr. Rui a conduzir o seu Fiat 126 a caminho do Cansado, com o acelerador de mão activado, para não cansar o pé, quando se fez uma paragem técnica para abastecer os ocupantes do pequeno bólide e para dar descanso ao mesmo, que a temperatura nesse dia estava um pouco elevada para a época. A fonte tinha uma àgua muito boa (ainda a deve ter, se os qímicos não deram cabo dela). Nunca mais lá passámos pois, com a nova estrada de Sta. Justa, poupa-se nos quilómetros e no tempo.
Bolas para isto, que agora a electronica dá-me cabo do juízo e da paciência.

04 abril 2006

10 anos é muito tempo

Será que quando dás por ela e páras.... é que vês que já passaram 10 anos!!

A vida é mesmo isto. Quando temos 10 anos queremos ter 20.
Quando temos 20 anos queremos ter trinta.
Quanto temos trinta...... era bom que o tempo parasse.
Quanto temos quarenta, já não há muitas opções, até escrever já se torna mais lento.
Daí para a frente, queríamos é ter outra vez 10 anos, para tentar aprender coisas que a sorte ou a casmurrice fez passar ao lado.

Desculpem lá, mas isto é da P.D.I.

03 abril 2006

Gaita!!!!!!!


- Orquestra formada em Novembro de 1942 com o nome de Mindagos. Após algum tempo de inactividade reaparece em 1977 com 15 elementos. Um ano mais tarde passa a chamar-se Orquestra de Harmónicas de Ponte de Sor.
- Em 11 de Novembro de 1992 é constituída por escritura pública.
- Não cobram cachet pelas actuações, vivendo de apoios das seguintes entidades:

Câmara Municipal de Ponte de Sor, Junta de Freguesia de Ponte de Sor, Secretaria de Estado da Cultura,s INATEL, Leadersor.
- Todos os anos, às 00H00 do dia 1 de Dezembro, percorrem as ruas da cidade a tocar o Hino da Restauração. Presentemente a Orquestra é formada por 20 elementos.

Submarino amarelo


A alma dos Beatles era toda pé descalço

Estava eu na EN.2 à espera de boleia para ir até Fronteira, quando aparece o Sargento Pimenta carregando o seu trombone, assoprando:

"Tá um calor do caraças aqui neste teu Alentejo; sabia bem agora uma Guiness fresquinha."

E eu que pensava que os ingleses bebiam cerveja natural!!

BEWARE WITH DOG!

02 abril 2006

Fronteira

Encontrei um blog referindo Fronteira onde passei a minha juventude.
Quem quiser visitar aqui vai o link:
http://ultimafronteira.blogspot.com/

Um pouco de tudo sobre o país e o Alentejo.

01 abril 2006

Just a glimpse of a way in

Primavera de 2005

Dia que foi de trabalho, mas recompensado com a já famosa sardinhada com feijão frade e a salada bem temperada pela Raquel.

Foi pena a motosserra ter-se ido abaixo com tanto esforço. O velho tronco de sobreiro consegui resistir aos avanços dos dentes rapidíssimos.

Aproxima-se a Páscoa. Mais uns dias no meu Cansado energético. Alguma tarefas para fazer e umas pilhas para recarregar. Mais vale um dia de trabalho árduo no Cansado que dois nas praias poluidas da Costa.

Not all the braves are going to battle.

Esoterismo


A velha casa do pastor envelhece e adoece por cada dia que vê passar, espirrando mágoas e limpando o pó do caminho.
Só tem por companheiras as figueiras espinhosas que dão frutos carnudos e melosos.

Um mestre de Feng Shui teria aqui um trabalho árduo para devolver à velha habitação todas as energias que as pessoas, os animais e a dureza do ambiente lhe tiraram, década após década.

Contra geadas frívolas, contra trovoadas barulhentas, contra a vontade da passarada fazer o ninho, contra o calor ofegante, contra as chuvadas renovadoras, contra os copos de vinho sem-fim, contra o progresso inevitável, a carta esotérica de melhoramentos globais, trariam alegria à velha estrada de pedras roliças que nem as rodas das carroças, dos tractores, das bicicletas, nem o pisar constante de dias e dias a fio, as faz quebrar da sua irritante e desconcertante habilidade para nos tentar inflingir com as agulhas invísiveis da guarda avançada, que são essas resistentes figueiras da Índia.

Sob o olhar destruido do velho palheiro sem tecto, espera que não a deixem sozinha na luta contra inimigos fiéis, ou será que a aguarda o mesmo destino de ficar sob a luz das estrelas?

Feng Shui do longíquo oriente, traz-me a leveza do sol nascente, mas não me leves as minhas velhas e orgulhosas figueiras.