28 maio 2006

Abutres no Alentejo??











Não sei se foi do calorão (37.ºC) ou do almoço, mas hoje dei comigo a olhar para o céu e vejo um bando de aves, entre 8 e 1o, que, assim de repente, pareciam abutres a rondar a carniça!!!! Após alguma concentração, vi que estava em pleno Alentejo e por lá só há abutres sem asas, portanto, o que seria?? Eram cegonhas a gozar os prazeres das correntes quentes para as quais espreguiçavam as suas longas asas de pontas negras. Estavam com pouca vontade de ir até França buscar mais crianchinhas!

21 maio 2006

Maio, mês das flores e cores

As cores do verão estão a chegar. E o calor que faz a miragem também.

Próximo fim-de-semana outra vez de volta ao meu terreiro de terras secas e brisa sufocante onde só as vacas louras sobrevivem.

As flores lavam-nos os olhos com suas pétalas de brilho mate, e dão alimento aos insectos que cruzam os ares cheios de luz.

16 maio 2006

Tensão em alta





















Virá o dia em que não haverá dia que o sol nasça sem a nuvem da desgraça e do seu alegre companheiro: o complexo da PDI.

Não sei se é do dia-a-dia de incerteza do futuro do emprego, ao que se junta este tempo primaveril carregado de pólens e de nuvens que batalham para descarregar um trovoada seca para nos aturdir as ideias e a vontade de produzir trabalho ou ter mais um pouco de paciência para a luta contra o "deixa andar que eu quero é a reforma", mas a irmãs sistólica e a diastólica teimam, ao que sinto, em apertar com a circulação e trânsito sanguíneo que o meu coração tenta fluir da melhor maneira e não contando com a ajuda das pernas cansadas.

08 maio 2006

Quando quatro quadrilhas quebram quadros.



A caminho da veterania nesta vida de peças de automóveis, a crise que nos atravessa o espírito, põe-nos a andar em duas rodas, para tentar encontrar o caminho certo.

Depois há quem diga que não vale a pena lutar contra ventos e marés de veteranos mais veteranos que nós.

Algo como o comodismo e aproveitamento de situações para proveito próprio, só cria revolta e ajuda a baixar ainda mais o moral.

O melhor era sairem da berma da estrada...

06 maio 2006

Olhai os lirios do campo

De repente olhas o horizonte azul celeste
E vês as tuas sombras negras ao longe
Nunca foste aquilo que não quiseste
E tens que voar para perto das nuvens carregadas de gelo
Para ver se de descobres a vítima que fez o apelo
Senão mais valia teres estudado para monge


Flor bela que escreves com teu aroma
Onde a abelha busca o teu pólen doce
Espantou o sol até que a luz se fosse
Pois a lua ainda só vem em Roma.

Fome Negra

Fome Negra.

Freguesia de Galveias, esta terra manhosa, fica na margem esquerda da ribeira do Sor, antes de se começar a formar a barragem.

Fértil em mato, tojos e outras culturas arvenses sem qualquer proveito que se veja. Propício a fogos e a canseiras, já foi habitado por ganhões e jornaleiros, que conseguiam extrair desta terra árida o seu sustento alimentar, ns primeira décadas do século XX.

Há uma dúvida que me acompanha: será que o nome que lhe foi dado terá a ver com as dificuldades que haveria em trabalhar a terra, que pouco tem a ver com a paisagem alentejana, de típica planície, e em que a fome era negra depois de um dia de labuta?

04 maio 2006

Maio, mês do coração

Já vamos no mês de Maio, 5.º mês do ano, dito do coração.

Temos que saber se falamos do coração físico, se do psíquico, pois ambos são difíceis de manter em boa forma. As mesmas situações tanto podem afectar um, como o outro, mas a maneira de recuperar a forma são distintas, na forma e no conteúdo.




Lentamente subo a colina
Para apreciar a paisagem
Para beber água da mina
Tenho que levar sede e coragem

Gosto pouco da viagem
Porque aumenta a adrenalina
Só quando vejo que não é miragem
Te vejo em cada esquina