Vai acima, lentamente
Lá fica, pouco tempo
Vai abaixo, rapidamente
Com o mais leve sopro de vento
Qualquer emoção sobe nas veias
Traz tudo e não traz nada
Uma onda de maré cheia
Molha os pés por quase nada.
Esvanece-se como nevoeiro matinal
Deixa a luz ser sempre igual.
29 fevereiro 2008
28 fevereiro 2008
Sentado à beira do caminho
Numa viagem pelo fugaz infinito, colocando balizas para reconhecer o caminho de volta, encontro uma inesquecível ilusão de coisas criadas com paixão.
Mas são apenas sombras. Deixadas pela passagem do tempo ingrato, que apenas passa, não se aquieta. Corro atrás, grito baixinho. Mas ele é surdo, mudo, imutável e pesado. Eu sou apenas erva daninha sem jardim para infestar.
Sento-me. No alto da paisagem plana. E o céu azul diz-me que é hora de partir. Mas eu fico. A noite quer aniquilar a luz. Mas as estrelas e o quarto-minguante derrubam a estratégia pobre.
Respiro fundo. E o sangue agradece a amizade.
Mas são apenas sombras. Deixadas pela passagem do tempo ingrato, que apenas passa, não se aquieta. Corro atrás, grito baixinho. Mas ele é surdo, mudo, imutável e pesado. Eu sou apenas erva daninha sem jardim para infestar.
Sento-me. No alto da paisagem plana. E o céu azul diz-me que é hora de partir. Mas eu fico. A noite quer aniquilar a luz. Mas as estrelas e o quarto-minguante derrubam a estratégia pobre.
Respiro fundo. E o sangue agradece a amizade.
24 fevereiro 2008
Viagens de alma
De onde tirei esta paz
Que ao cair da noite serena
Viaja no banco de trás
Guardando minha alma pequena.
Tenho ainda a casa desarrumada
Aos suspiros e soluços
Mas não a quero cismada
Nem limpa pelos abraços
Um só dia de ambição
Não rende uma fraqueza
Nem faz crescer a paixão
De ver tamanha beleza.
Que ao cair da noite serena
Viaja no banco de trás
Guardando minha alma pequena.
Tenho ainda a casa desarrumada
Aos suspiros e soluços
Mas não a quero cismada
Nem limpa pelos abraços
Um só dia de ambição
Não rende uma fraqueza
Nem faz crescer a paixão
De ver tamanha beleza.
19 fevereiro 2008
Nebulosas não.
13 fevereiro 2008
Melancolia Alentejana
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