17 março 2006

Navegar é preciso



Eu estou metido aqui num buraco sem fundo, onde se vê que a dimensão das oportunidades é proporcional à capacidade de limpar estanho com massa de cobre e quem consegue ir mais além não diz que o céu é azul ou que a morte é certa até que alguém lhe mostra uma baleia morta.

Falar em surdina, ou falar para as paredes tem o mesmo efeito que não dizer nada. A vida é aquilo que nós não fazemos dela e que os outros nos dizem que ela é. Mas será que o D. Afonso Henriques tinha medo da mãe quando se lembrou que queria ser rei dum condado que era cobiçado por pescadores de atum.

Navegar por mares desconhecidos sempre foi mais benéfico que cuspir na sopa para evitar que os tubarões trinquem os dedos dos pés, mas quando se navega em águas calmas há sempre o perigo do contágio ser global e depois só uma prece budista será a salvação nacional dos reis da "boca-rôta".

Vale mais um copo na mão que duas gaivotas no terraço....

1 comentário:

Tozzola disse...

tenho uma lágrema no canto do ôlho, tenho uma lágrema no canto do ôlho,
mas tenho a idade a ir pra velho,
e a vida em cima do sobrolho

Inté tou ca veia inxada....